A chegada de Luís Estrela à liderança da arbitragem lisboeta trouxe uma lufada de ar fresco e sobretudo de esperança no regresso de uma hegemonia pertencente à AF Porto.
Um mandato depois só a reorganização no distrital é que terá tido os resultados pretendidos.
As classificações dos nacionais desta temporada que são do conhecimento público colocaram a nu muitas fragilidades...
Nas competições profissionais dos 4 árbitros C1 Futebol. Três tem idade acima dos 40 anos. Hugo Miguel atinge o limite de idade em 2022. Miguel Nogueira é o único que terá muitos anos pela frente, se conseguir, aguentar-se em C1 Futebol.
Nos AAC1 não ganhou, mas também não perdeu assistentes. Atenção que Ricardo Santos já vai a caminho de 3/4 anos possíveis de derrogação. Pedro Felisberto atinge o limite de idade em 2022.
No que toca aos C2 Futebol diria que os resultados obtidos foram humilhantes. A arbitragem lisboeta dos 4 filiados, 2 deverão cair às competições não-profissionais. Nenhum ficou em lugares de promoção.
E se Luís Estrela não tentar pressionar Fontelas Gomes, não vejo vontade, nem possibilidade de Ricardo Baixinho, 5° classificado ser promovido a C1 Futebol em 2021/22.
Já nos assistentes C2 Futebol voltaram a perder força, com o R.A da FPF, a despromover mais dois lisboetas ao distrital. Normalmente conseguem colocar pelo menos 1 através do Seminário Específico de Árbitros Assistentes Especialistas. Veremos...
Entretanto nas competições não-profissionais os resultados obtidos também não são muito animadores. Nenhum árbitro foi indicado ao Curso de Formação de Elite 2021.
No quadro C3 Futebol é quase certo que vão manter José Rodrigues e Bruno Vieira, 20° e 21° classificado. A juntar-se aos árbitros oriundos de C2 Futebol: Bruno Rebocho e João Pinto. Este último a "rezar" que haja dois chumbos no Curso de Formação de Elite para se poder manter em C2 Futebol.
Gonçalo Nunes, Quitério Almeida, André Pereira, Luís Filipe, Diogo Coelho e Carlos Espadinha não vão escapar à despromoção. Serão todos C4 Futebol.
No quadro C4 Futebol dos 6 filiados só conseguiu colocar um na fase de subida a C3 Futebol. Miguel Libório Silva aos 34 anos está longe de ser um jovem talento.
O Conselho de Arbitragem da AF Lisboa face aos maus resultados, pôs as mãos na massa, reunindo-se de imediato com os núcleos no fecho da época 2020/21.
Além da reflexão nos maus resultados, a definição das equipas de arbitragem da AF Lisboa nas competições não-profissionais, a pré-temporada, as formações e os programas de acompanhamento dos jovens árbitros deverão ser temas nestas reuniões.
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