Uma das principais razões de queixa dos árbitros e árbitros assistentes das competições profissionais é a chegada tardia da nomeação.
Na maior parte das vezes a nomeação chega às contas de email com 48 horas de antecedência, sendo que a equipa de arbitragem tem ainda que realizar o rastreio ao Covid-19.
Com o teste ao Covid, com a viagem (por vezes bem longa), com a necessidade de organizar a vida familiar e profissional. Há quem trabalhe!. O tempo que sobra é pouco.
Por outro lado o C.A da FPF acusa os árbitros de prepararem mal os jogos.
A pergunta que se exige é: como é que os árbitros conseguem preparar-se, se não tem tempo? Nem um scouting em condições por vezes é feito.
Por outro lado a grande rotação de equipas também é um ponto fulcral que provoca o insucesso. Há árbitros que todas as semanas mudam de assistentes e de quarto árbitro. Faltando o trabalho de equipa e conhecimento mútuo, facilmente se encontram erros até de comunicação durante o jogo!
Outra das razões que os C1 invocam é a falta de conhecimento dos C3 Futebol que são nomeados para a função de quarto árbitro da realidade do futebol profissional.
Além da inexperiência comprovada, não participam nas sessões semanais, não recebem indicações da estrutura e não tem a certificação em vídeo-arbitragem.
Estes árbitros mesmo que queiram, não conseguem ajudar os colegas C1 nos jogos da Liga NOS.
Nas últimas semanas o Conselho de Arbitragem da FPF começou a nomear árbitros C1 Futebol para as funções de quarto árbitro.
Na imagem podemos verificar algumas curiosidades:
- 7 árbitros C1 ainda não fizeram jogo como quarto árbitro;
- 3 árbitros C1 já tiveram uma dezena ou mais de assistentes;
- Artur Soares Dias manteve os dois assistentes em todos os jogos;
- Manuel Mota foge à regra e conjuntamente com os estreantes compõem o grupo dos C1 com mais jogos a quarto árbitro;
- No grupo dos C2 grande discrepância no número de assistentes: João Pinto é da mesma associação que Bruno Rebocho, Flávio Lima e Ricardo Baixinho, mas o tratamento nas nomeações é diferenciado;
- Carlos Macedo também tem trabalhado com poucos assistentes, tal como tem trabalhado pouco na função de quarto árbitro;
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