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quinta-feira, 25 de abril de 2019

A inexistência do interior no mapa da arbitragem nacional


O centralismo do poder situado na capital e arredores provoca a desertificação no interior. A arbitragem não é exceção.

Quando Jorge Nunes, Diretor do C.A da FPF, afirma que o interior é sempre prejudicado em relação às associações situadas em redor do poder... tem roda a razão.

O problema é que falta gente querer viver no interior do país, por isso é que há uma grande dificuldade de captação de novos árbitros, ao contrário da AF Lisboa, AF Porto ou AF Braga.

O próprio C.A da FPF em conjunto com as associações distritais deveriam debater e implementar medidas que consigam alterar este grave problema.

A única associação do interior que foi vista com poder nos últimos anos foi a AF Vila Real no mandato de Vítor Pereira, mas depois das eleições de 2016 descobriu-se que a força estava nos bastidores.

Apesar desse pormenor lamentável, a arbitragem de Vila Real consegue ter uma boa presença no quadro AAC1, com um internacional. Nada mau. Tem um C1 a lutar pela subida a C1 Pro.

No quadro C2 o único que pode lutar pela ida ao Curso C1 2019/20, barricou-se dentro dos regulamentos e não quer sair de lá, sem ter a segurança garantida. É o Gonçalo Martins. Tenho pena, mas todos estão à espera que seja atirado para fora do barco.

No Grupo A do quadro C3N2 que luta pela promoção a C2, não conseguiram colocar ninguém.

Se o Gonçalo Martins for despromovido e o Iancu Vasilica promovido a C1 Pro ou ter garantido a manutenção no quadro C1, se ficar em 4° ou 5° lugar, o C.A da AF Vila Real não terá ninguém regularmente disponível para o Curso C1 de 2020/21.

A AF Bragança tem sido sustentada com sucessivos empréstimos de árbitros da AF Porto e também da AF Braga. A presença é quase nula.

A AF Castelo Branco perderá nos próximos anos os seus combatentes. Carlos Xistra será VAR 🖥 a partir da próxima época e Jorge Cruz terminará no final da próxima época.
O C2 Luís Máximo é a eterna promessa.

Na AF Guarda o trabalho notável iniciado por Luís Brás tem conseguido dar frutos com tão pouca semente. Deve ser do frio. 2 AAC1 e 1 C2 que promete chegar ao topo.

A AF Viseu tem tantos observadores na Liga Portugal como árbitros na C2. Incrível 😏.

A AF Santarém tem em João Bento a esperança de voltar a ter um C1 Pro. Será que à terceira é de vez? Entretanto a idade vai passando... ⏳

A AF Portalegre com a despromoção de José Braga na última época. Foi irradiada do mapa nacional da arbitragem.

No Alentejo Luís Godinho é quem mais ordena. Promete ser um grande árbitro, se continuar a evoluir. Tem Pedro Ramalho a lutar pela C1 Pro. Isto em Évora. De resto tem no novo Presidente do C.A um conhecedor do poder de Lisboa.

Na AF Beja tem 1 AAC2 que luta pela ascensão a AAC1 e tem 1 C2 e 1 C3N2. Nada mal, para uma associação que está localizada no deserto da Sahara. O Alentejo é assim visto nos olhos da maioria que não nunca lá foi. Deve ser pelas altas temperaturas e planícies...

Nas associações localizadas no litoral o problema de captação de novos árbitros é quase inexistente, por isso tem a vida facilitada na triagem do que é bom e do que é mau.

Já as associações do interior tomara terem maus, quanto mais bons árbitros.

Luís Godinho é um achado e tem que ser preservado. Uma raridade vindo do interior.

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