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sábado, 8 de fevereiro de 2020

O raio X ao desgaste do Conselho de Arbitragem da FPF


O mandato do Conselho de Arbitragem da FPF termina daqui a 4 meses. É altura de começar a refletir do que foi feito desde 2016 e a ponderar eventuais mexidas no "elenco governativo do setor".

Como estará o "ranking de satisfação" com o trabalho dos elementos que tem ligação ao setor profissional da arbitragem? 🤔
Quase no fim do mandato, como é que estará a imagem de cada um? Revigorada? Desgastada?

Vamos a isso..❓


Fontelas Gomes - "O Presidente"



Enquanto árbitro teve uma carreira com alguma durabilidade nas competições não-profissionais. A sua carreira de dirigentes de arbitragem, começou na liderança do NAF Lisboa. Destacou-se como Presidente da APAF na feroz defesa pública dos árbitros... do setor profissional.

A sua amizade com Pedro Proença, que na altura estava na reta final da carreira, fez com que desse o salto para a frente da batalha, liderando o Conselho de Arbitragem da FPF.

O salário de 7 ou 10 mil euros (ninguém sabe ao certo. É mais fácil acertar no Euromilhões 😂), fizeram-no abandonar a gestão das suas pastelarias, assumindo em exclusividade a Presidência do C.A da FPF.

Não tem defraudado as expetativas, apesar das muitas reticências que todo o setor teve no início do mandato. Tem feito melhor do que o seu antecessor.

Menos polémicas, maior proximidade aos árbitros C1 Futebol. Sempre justo a premiar, a nomear e a punir. Destacou-se pela sua equidade.
Também foi inteligente, a gerir alguns assuntos sem ser ele a ser o elemento... "chamuscado". 👌

Sabe delegar... 😉.


Paulo Costa - "O Dono Disto Tudo"



A alcunha que lhe foi posta pelos árbitros, revela muito bem a importância e a influência que tem no C.A da FPF. É o braço direito de Fontelas Gomes.

Nem tudo é um mar de rosas para o "Dr.", como outros o tratam, sinal de respeito e consideração.

A sua imagem está demasiado desgastada, devido à proximidade ao seu irmão, Rui Costa, que os outros árbitros C1 Futebol acusam de ser beneficiado tanto nas nomeações, como nas avaliações. Uma má fama de que o dirigente portuense não se comseguiu livrar ao longo do mandato.

Também não sai por cima na guerra histórica Norte/Sul, pois sempre preferiu e deu primazia a árbitros da sua associação de origem. O que ano após ano foi tão visível, quanto evitável. Não foi o primeiro a fazê-lo, nem será o último.


Bertino Miranda - "O Trabalhador"



A alcunha diz tudo. É o que mais e o que melhor trabalha. O seu trabalho como Técnico de Arbitragem é reconhecido pelo Comité de Arbitragem da UEFA, para a qual poderá ir a tempo inteiro.

É claramente uma mais valia para o setor, pena que não não tanta tanta importância a sua palavra ,como tem as dos seus colegas que por vezes o desconsideram. 😉

Na presente época as polémicas com as linhas do fora-de-jogo, com a falta de formação para as mesmas dos VAR 🖥 e AVAR 🖥, com o impacto nas carreiras dos árbitros assistentes e com as consequências que se tem verificado para a verdade desportiva  naturalmente tem feito cair a sua reputação.

As confusões nas indicações dadas para análise do fora-de-jogo, em situações, em que agora a meio da época ninguém se entende, tem retirado alguma credibilidade a Bertino Miranda.

Ainda assim o bom trabalho nas 3 épocas anteriores não fica apagado.


João Ferreira - "O Homem do VAR 🖥"



O antigo Árbitro que teve uma carreira internacional de segundo plano, não passando do Grupo 2, da UEFA, quando terminou a carreira ficou com a gestão do Pólo Profissional do Sul, em Lisboa.

Em 2016 entrou para o C.A da FPF. Ele que reprovava nos testes escritos, nos anos 90, falhando inclusive uma promoção à 1ª Liga por nota negativa, ficou com a pasta "IFAB", com a responsabilidade de traduzir os livros e alterações e esclarecer as dúvidas e interpretações.

É dele a responsabilidade de em todas as épocas o livro em português apenas sair 4/5 meses depois do Inglês.

Também é dele a responsabilidade de existirem tantas dúvidas nas Leis de Jogo. A Comissão de Interpretação das Leis de Jogo apenas emite um documento por época, com 15 a 20 esclarecimentos.

Após assumir a pasta do VAR 🖥 em 2017 a sua importância dentro do C.A da FPF disparou.

Como senão bastasse, no ano passado, afastou António Costa (AF Setúbal) do quadro internacional de observadores e autonomeou-se para essas funções.

Com a pasta de Técnico do Pólo Profissional, com a pasta IFAB, com a pasta VAR e com a função de Observador Internacional... chega ao fim do mandato exausto. Sabendo que quem quer fazer tudo acaba por não fazer nada de jeito. 😩




Lucílio Baptista - "O Avaliador" 



Teve 4 anos no mandato de Vítor Pereira sem abrir a boca. Era da lista de Luís Guilherme e com este remeteu-se ao silêncio sem nunca votar em matéria alguma.

Após esse longo período de recolhimento, meditação e se calhar de oração. Foi promovido. Deram-lhe a pasta mais difícil de todas: Classificações!

Uma função que exigia muito mais do que deu durante esta segunda oportunidade que a vida lhe deu, como dirigente de arbitragem.

Cometeu tantos erros que é impossível enumer todos, sem me esquecer de alguns.

Não foi equilibrado, escolheu mal os observadores, mudou notas sem coerência, bateu em árbitros e árbitros assistentes consoante a origem, o clube contra quem foram cometidos os erros ou a polémica e o ruído. Um autêntico desastre. Não deixa saudades.

Pelo meio afastou Carlos Matos da função de Observador Internacional e autonomeou-se para o lugar.


Albano Fialho - "O Albanês"



Tem 2 pastas a seu cargo, nenhuma tem sido desempenhada com competência.

A primeira e mais visível: Testes Escritos!

Nunca foi consensual o seu tipo de questões, aplicando um português confuso e que praticamente obrigava os árbitros a decorar. Determinou o fim da plataforma "Saber Mais Arbitragem", que auxiliava os árbitros nas leis de jogo.

A juntar a isto vários lapsos em testes depois decorrigidos e interpretações nas questões corretas  ou erradas que ninguém compreendia.

A sua outra função, de braço direito de Lucílio Baptista, também não foi feliz. É dele a responsabilidade do visionamento dos relatórios dos Observadores e tem sido ele a escolher o grupo de observadores do futebol profissional.

O atual quadro de observadores da Liga Portugal está ultrapassado e caduco, devido à contribuição das escolhas de Albano Fialho.


Pedro Portugal - "O Paraquedista"



Não veio de Tancos, mas de lá perto. Ninguém sabe como lá chegou. Embora de sorriso fácil e simpatia a rodos tal não lhe conferiu qualidades para o lugar.

Braço esquerdo de Lucílio Baptista, foi conivente com tudo o que de mau, se fez na sua secção.

Foi claramente um erro de casting!


Ricardo Duarte - "O Aguadeiro dos Recados"



Tudo nele é curto, bem se calhar não... não sei, nem se quer saber. 😂

A carreira de árbitro? Curto...
E a de observador na Liga Portugal? Curtinho...

A sua chegada ao C.A da FPF, causou estranheza e surpresa. Ninguém sabe ao certo quem e porque motivo surgiu a sua indicação para a equipa de Fontelas Gomes.

O que fez nestes 4 anos? 🤔
Ouviu daqui, contou ali. Recolheu informações, ficou na sombra. Foi fazendo algum trabalho "menos limpo", que os outros não queriam.

Tem o belo exemplo do processo da recolha de assinaturas para as eleições dos delegados da APAF 😉.

Veremos quem fica e quem abandona o poder nas eleições de junho.

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