O mandato do Conselho de Arbitragem da FPF termina daqui a 4 meses. É altura de começar a refletir do que foi feito desde 2016 e a ponderar eventuais mexidas no "elenco governativo do setor".
Como estará o "ranking de satisfação" com o trabalho dos elementos que tem ligação ao setor profissional da arbitragem? 🤔
Quase no fim do mandato, como é que estará a imagem de cada um? Revigorada? Desgastada?
Vamos a isso..❓
Fontelas Gomes - "O Presidente"
Enquanto árbitro teve uma carreira com alguma durabilidade nas competições não-profissionais. A sua carreira de dirigentes de arbitragem, começou na liderança do NAF Lisboa. Destacou-se como Presidente da APAF na feroz defesa pública dos árbitros... do setor profissional.
A sua amizade com Pedro Proença, que na altura estava na reta final da carreira, fez com que desse o salto para a frente da batalha, liderando o Conselho de Arbitragem da FPF.
O salário de 7 ou 10 mil euros (ninguém sabe ao certo. É mais fácil acertar no Euromilhões 😂), fizeram-no abandonar a gestão das suas pastelarias, assumindo em exclusividade a Presidência do C.A da FPF.
Não tem defraudado as expetativas, apesar das muitas reticências que todo o setor teve no início do mandato. Tem feito melhor do que o seu antecessor.
Menos polémicas, maior proximidade aos árbitros C1 Futebol. Sempre justo a premiar, a nomear e a punir. Destacou-se pela sua equidade.
Também foi inteligente, a gerir alguns assuntos sem ser ele a ser o elemento... "chamuscado". 👌
Sabe delegar... 😉.
Paulo Costa - "O Dono Disto Tudo"
A alcunha que lhe foi posta pelos árbitros, revela muito bem a importância e a influência que tem no C.A da FPF. É o braço direito de Fontelas Gomes.
Nem tudo é um mar de rosas para o "Dr.", como outros o tratam, sinal de respeito e consideração.
A sua imagem está demasiado desgastada, devido à proximidade ao seu irmão, Rui Costa, que os outros árbitros C1 Futebol acusam de ser beneficiado tanto nas nomeações, como nas avaliações. Uma má fama de que o dirigente portuense não se comseguiu livrar ao longo do mandato.
Também não sai por cima na guerra histórica Norte/Sul, pois sempre preferiu e deu primazia a árbitros da sua associação de origem. O que ano após ano foi tão visível, quanto evitável. Não foi o primeiro a fazê-lo, nem será o último.
Bertino Miranda - "O Trabalhador"
A alcunha diz tudo. É o que mais e o que melhor trabalha. O seu trabalho como Técnico de Arbitragem é reconhecido pelo Comité de Arbitragem da UEFA, para a qual poderá ir a tempo inteiro.
É claramente uma mais valia para o setor, pena que não não tanta tanta importância a sua palavra ,como tem as dos seus colegas que por vezes o desconsideram. 😉
Na presente época as polémicas com as linhas do fora-de-jogo, com a falta de formação para as mesmas dos VAR 🖥 e AVAR 🖥, com o impacto nas carreiras dos árbitros assistentes e com as consequências que se tem verificado para a verdade desportiva naturalmente tem feito cair a sua reputação.
As confusões nas indicações dadas para análise do fora-de-jogo, em situações, em que agora a meio da época ninguém se entende, tem retirado alguma credibilidade a Bertino Miranda.
Ainda assim o bom trabalho nas 3 épocas anteriores não fica apagado.
João Ferreira - "O Homem do VAR 🖥"
O antigo Árbitro que teve uma carreira internacional de segundo plano, não passando do Grupo 2, da UEFA, quando terminou a carreira ficou com a gestão do Pólo Profissional do Sul, em Lisboa.
Em 2016 entrou para o C.A da FPF. Ele que reprovava nos testes escritos, nos anos 90, falhando inclusive uma promoção à 1ª Liga por nota negativa, ficou com a pasta "IFAB", com a responsabilidade de traduzir os livros e alterações e esclarecer as dúvidas e interpretações.
É dele a responsabilidade de em todas as épocas o livro em português apenas sair 4/5 meses depois do Inglês.
Também é dele a responsabilidade de existirem tantas dúvidas nas Leis de Jogo. A Comissão de Interpretação das Leis de Jogo apenas emite um documento por época, com 15 a 20 esclarecimentos.
Após assumir a pasta do VAR 🖥 em 2017 a sua importância dentro do C.A da FPF disparou.
Como senão bastasse, no ano passado, afastou António Costa (AF Setúbal) do quadro internacional de observadores e autonomeou-se para essas funções.
Com a pasta de Técnico do Pólo Profissional, com a pasta IFAB, com a pasta VAR e com a função de Observador Internacional... chega ao fim do mandato exausto. Sabendo que quem quer fazer tudo acaba por não fazer nada de jeito. 😩
Lucílio Baptista - "O Avaliador"
Após esse longo período de recolhimento, meditação e se calhar de oração. Foi promovido. Deram-lhe a pasta mais difícil de todas: Classificações!
Uma função que exigia muito mais do que deu durante esta segunda oportunidade que a vida lhe deu, como dirigente de arbitragem.
Cometeu tantos erros que é impossível enumer todos, sem me esquecer de alguns.
Não foi equilibrado, escolheu mal os observadores, mudou notas sem coerência, bateu em árbitros e árbitros assistentes consoante a origem, o clube contra quem foram cometidos os erros ou a polémica e o ruído. Um autêntico desastre. Não deixa saudades.
Pelo meio afastou Carlos Matos da função de Observador Internacional e autonomeou-se para o lugar.
Albano Fialho - "O Albanês"
A primeira e mais visível: Testes Escritos!
Nunca foi consensual o seu tipo de questões, aplicando um português confuso e que praticamente obrigava os árbitros a decorar. Determinou o fim da plataforma "Saber Mais Arbitragem", que auxiliava os árbitros nas leis de jogo.
A juntar a isto vários lapsos em testes depois decorrigidos e interpretações nas questões corretas ou erradas que ninguém compreendia.
A sua outra função, de braço direito de Lucílio Baptista, também não foi feliz. É dele a responsabilidade do visionamento dos relatórios dos Observadores e tem sido ele a escolher o grupo de observadores do futebol profissional.
O atual quadro de observadores da Liga Portugal está ultrapassado e caduco, devido à contribuição das escolhas de Albano Fialho.
Pedro Portugal - "O Paraquedista"
Braço esquerdo de Lucílio Baptista, foi conivente com tudo o que de mau, se fez na sua secção.
Foi claramente um erro de casting!
Ricardo Duarte - "O Aguadeiro dos Recados"
A carreira de árbitro? Curto...
E a de observador na Liga Portugal? Curtinho...
A sua chegada ao C.A da FPF, causou estranheza e surpresa. Ninguém sabe ao certo quem e porque motivo surgiu a sua indicação para a equipa de Fontelas Gomes.
O que fez nestes 4 anos? 🤔
Ouviu daqui, contou ali. Recolheu informações, ficou na sombra. Foi fazendo algum trabalho "menos limpo", que os outros não queriam.
Veremos quem fica e quem abandona o poder nas eleições de junho.
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