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sábado, 26 de fevereiro de 2022

Um mandato e meio de gratidão analisados pelo D' Olho na Arbitragem


No ano em que atinge metade do segundo mandato como Presidente do Conselho de Arbitragem da FPF. À quem diga que poderá avançar para um último mandato, como escolha do candidato à Presidência da FPF na linha de continuidade do Dr° Fernando Gomes. E à quem diga o contrário. Ainda é cedo...

É o momento de fazermos mais uma retropectiva a esta gestão da arbitragem portuguesa iniciada há 6 anos. 

A Federação Portuguesa de Futebol disponibilizou  a José Fontelas Gomes, recursos, como nenhum dos seus antecessores teve à disposição para implementar os seus projetos na arbitragem portuguesa.

No que toca aos recursos humanos houve um reforço e/ou aposta em: Médicos, Fisioterapeutas, Preparadores Físicos, Técnicos de Arbitragem e Operadores de Vídeo-árbitro;

A nível de bens materiais a arbitragem passou a contar por exemplo com: + Centros de Treino, relógios para acompanhar o treino, salas VAR 🖥 e etc;

A arbitragem portuguesa financeiramente tem tido à disposição vários milhões de euros. Nem todo esse esforço da FPF serviu para José Fontelas Gomes gastar no fortalecimento de amizades. Sabiam que um árbitro C1 Futebol pode ganhar anualmente entre os 50 e 100 mil euros❓Então se for internacional, muito mais levará para casa.

E o que é que mudou para além da engorda orçamental e carnavalesca❓Mudaram os nomes. Não da estrutura do Conselho de Arbitragem da FPF, porque "em equipa que ganha, ninguém deixa de receber". 

A mudança de nomes aconteceu nos árbitros de topo. Deixamos de contar com o Bruno Esteves, Cosme Machado, Jorge Ferreira, Luís Ferreira, Carlos Xistra, Bruno Paixão ou Tiago Antunes. E passámos a ter o David Silva, Iancu Vasilica, Cláudio Pereira, Gustavo Correia ou Fábio Melo.

E a qualidade dos desempenhos na vídeo-arbitragem beneficiou com o rejuvenescimento do quadro C1 Futebol❓Não. Até agora não. Mais uma vez mudaram só os nomes.

Nestes 6 anos de gratidão ao fontelismo houve notória melhoria nos árbitros que transitaram do mandato de Vítor Melo Pereira❓ Temos dúvidas. 

Basta olhar para Tiago Martins que de promessa cumprida a seu pai, Sr° Isidro Martins, passou a uma certeza: No campo não está a 25% do percurso do antigo árbitro internacional Duarte Gomes. 

Um outro exemplo que nos deixou na dúvida foi o de Fábio Verissimo. Tínhamos esperança que pudesse fazer-nos sonhar. Afinal tudo não passou de uma insónia.

A retirada de Jorge Sousa foi um duro golpe. O Artur Soares Dias continuou a olhar para um espelho em que se começou a ver a aproximação do João Pinheiro e do borbense Luís Godinho. E assim nasceu um trio de árbitros que garante os jogos de extrema importância do nosso campeonato.

O restante quadro C1 Futebol é uma miragem vendida em pleno deserto pelo Conselho de Arbitragem da FPF. Pelo menos metade precisa de uma gestão de carreira cuidadosa devido à fragilidade evidenciada dentro de campo. A margem de manobra é curtíssima.

O que é estranho é a falência não assumida do principal objetivo para a criação dos pólos profissionais da arbitragem. A formação. 

Dou-vos rapidamente os exemplos dos árbitros C1 Futebol Manuel Mota e Nuno Almeida. Não são profissionais, não frequentam os pólos, não assistem às reuniões pelo ZOOM, não ouvem as indicações do João Ferreira, do Jorge Sousa ou até mesmo do Bertino Miranda sobre os vídeos analisados a cada semana.

Mas são piores por isso❓ Pelo contrário. 
Foram precisamente os árbitros das últimas finais da Allianz Cup e da Taça de Portugal Placard. E nas últimas épocas tem se revelado "jokers" para José Fontelas Gomes ao resolverem maioritariamente com competência os caldinhos dos ditos grandes.

Por mais que insistam na formação, por vezes, os escolhidos denotam de pouco talento para as exigências da Primeira Liga.

O Conselho de Arbitragem da FPF não tem escolhidos corretamente os valores que surgem nas divisões secundárias. E isso fica evidenciado a cada divulgação da pauta classificativa. O projetor está claramente direcionado para o local errado.

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