Porque o que importa não é a cor da tua pele, o teu gênero, nem a tua orientação sexual. És tu enquanto árbitro e pessoa.
Fiquei chocado ao tomar conhecimento de que o racismo e a homofobia são os principais motivos para o abandono ou a recusa de jovens negros ou gays de estarem na arbitragem em Inglaterra.
Apesar dos rumores de que algumas decisões proferidas pelos dirigentes de arbitragem foram com o intuito racista ou homofóbica. Entendo que a presunção de inocência deve prevalecer na inexistência de provas.
Peguei numa declaração dita por um jovem árbitro de origem paquistanesa à sua mãe, que me deixou triste e por isso queria que todos refletissem.
"Mãe, se eles dissessem que eu era o árbitro, eu não me importaria, cometo erros, estou aprendendo, não há problema em cometer erros e eles não concordam com minhas decisões, mas por que me odeiam pela minha cor de pele, eu não entendo, não consigo entender por que isso faz a diferença"
A arbitragem seja ela inglesa, portuguesa ou tibetana tem de ser o exemplo de convivência e diversidade.
O preto, o cigano, a lésbica ou o transexual tem o direito a estar na arbitragem, sem qualquer, tipo de violência racial ou homofóbica.
Nesta semana ouvi políticos em Portugal a afirmar convictamente que não há racismo. Só faltou dizer que a homofobia e o machismo é uma treta. É mentira. É viver numa mentira. Não aceitem viver nela.
Se quiserem machismo podem ir a um jogo de futebol masculino arbitrado por uma mulher. Ouvem certamente de tudo.
A homofobia na arbitragem portuguesa não tenho dados concretos que sustentam a sua existência. É verdade que é mais fácil esconder a homossexualidade do que a cor da pele.
O racismo já ouvi. Em Portugal. Não foi em Badajoz. O árbitro a ser humilhado pela cor da pele. Aliás os polícias que estavam a fazer o policiamento também ouviram. Só se fossem surdos...
A APAF e os conselhos de arbitragem devem estar atentos e unidos neste duro combate. É hora de mudar mentalidades.
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