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terça-feira, 28 de abril de 2020

É o dois em um! Jorge Sousa, Gustavo Correia e o interesse do C.A da FPF



Jorge Sousa será recordado como um dos melhores árbitros portugueses de sempre. Uma carreira duradoura no topo da arbitragem nacional, com classificações honrosas e pela qualidade do seu desempenho no terreno de jogo. A nível internacional faltou um degrau. O topo. Não chegou.

A gestão do final de carreira do árbitro portuense foi sem dúvida mais um erro do Conselho de Arbitragem da FPF.

A época 2019/20 seria a última regulamentar, pois completa 45 anos no fim da época.

Era expectável que fosse Internacional até dezembro do último ano, abrindo vaga para um jovem trilhar o seu caminho em Janeiro.

No verão de 2019 o Comité de Arbitragem da UEFA despromoveu-o do First Group para o Second, dando a sua vaga a outro jovem de outro país.

O Jorge Sousa fez o último jogo europeu, nomeado pela UEFA, em agosto de 2019, numa pré eliminatória da Liga Europa.

Em Janeiro deste ano surgiu a surpresa.
Ou antes. No final de 2019. O C.A da FPF havia renovado as insígnias ao Jorge Sousa para 2020.

Quantos jogos foi nomeado em 2020 pela UEFA? 🤔
Zero. Claro.
De que valeu este ano ser Internacional? 🤔 Zero!

Na Liga NOS ter o símbolo de Internacional ao peito ou o símbolo da FPF seria igual. É um árbitro e uma pessoa respeitada por todos os intervenientes.

Então qual foi mesmo a jogada? 🤔

Foi um dois em um. Dizem...

O primeiro fator foi tentar que Jorge Sousa prossiga a sua carreira em 2020/21 e assim sendo internacional até dezembro de 2020 estará algo "comprometido" com esse prolongamento. E porquê? 🤔

Porque no verão passado começou a ser fomentado o desejo de vários árbitros no ativo que Jorge Sousa fosse o próximo presidente do C. A da FPF.




Terminaria a carreira em Maio de 2020 e assumiria depois o mandato 2020/24, foi uma conversa muito corrida, um nome consensual, um desejo de muitos.

Logo terá chegado aos ouvidos do atual C. A que assim tratou de o tirar do caminho como possível adversário/cabeça de lista em 2020. Só já poderá ser candidato em 2024.

Outro factor muito ventilado nos bastidores da arbitragem foi o de que este prolongamento de internacional seria para guardar a Insígnia para alguém do Porto em 2021 nomeadamente o jovem Gustavo Correia. Será? 🤔



Prejudicados com esta situação foram Rui Oliveira, André Narciso e Cláudio Pereira. Eram os três que poderiam ter sido indicados a internacional, podiam em 2020 ter feito parte do Third Group.

Não aconteceu para nenhum. Do ponto de visto da gestão do quadro de internacionais face ao estagnamento da carreira do Jorge Sousa e às zero nomeações podemos dizer que foi um péssimo ato de gestão!


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